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Artigo: Como formar professores para trabalhar com metodologias ativas de ensino?

Como e quais os meios necessários para investir na reinvenção e capacitação dos professores...
Imprensa | 03/02/2022
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Como e quais os meios necessários para investir na reinvenção e capacitação dos professores para trabalhar com metodologias ativas

Autoria: Prof. Dr. David de Oliveira Lemes / [email protected]

Falamos muito das metodologias ativas de ensino que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, como ela é uma evolução com resultados positivos para educação, mas todo esse processo precisa também envolver os professores, um dos agentes principais do ensino.

É o professor que está em sala de aula no contato direto com o aluno, portanto, além da sensibilização da gestão escolar, pais e alunos, professores também precisam antes mesmo de se capacitar, entender que esta é uma nova realidade didática efetiva para o ensino e saber da sua importância.

Se a realidade do nosso mundo é lidar com situações que abordam diferentes áreas do conhecimento para chegar a uma solução, o ensino também caminha para a formação multidisciplinar para atender essas demandas, e junto a isso a formação do professor passa a ser também mais complexa e multidisciplinar.

O professor do século 21 precisa encontrar equilíbrio, e não só trabalhar conhecimento teórico e científico, mas atrelados a eles, o desafio de lidar com as novas ferramentas de ensino, que envolvem tecnologia muitas das vezes. Além disso, com o momento de pandemia em que vivemos, a realidade do ensino híbrido foi acelerada no mundo todo, e isso requer do docente um novo olhar sobre a maneira de lecionar e de avaliar os alunos.

Alguns pontos centrais precisam ser trabalhados nessa formação e capacitação dos professores. Um deles é aprender da maneira que irá se ensinar. Para trabalhar com as metodologias ativas em sala de aula é preciso experiências amplas, a troca é muito importante neste momento. Então se formar com os meios que pretendem apresentar para as aulas é essencial, conhecer essas novas ferramentas, participar ou até mesmo criar grupos de discussão entre professores e coordenadores é um grande passo.

A formação do professor para trabalhar com metodologias ativas exige também leituras relevantes e pertinentes sobre o tema, pesquisa sobre projetos que deram certo – os que deram errado podem ser observados também, porque não -, experimentação, para cada vez mais ampliar o repertório e refletir sobre quais pontos as metodologias podem ser aplicadas em sala de aula e de que maneira extrair o melhor delas.

Outra questão importante para formação desses professores é entender que trabalhar com metodologias ativas é focar na formação humana, onde o ponto central é o desenvolvimento de competências, habilidades e vivência de valores.

Sabe a conhecida frase do mundo comercial, ninguém compra aquilo que não consegue vender? O mesmo se aplica para educação, não é possível ensinar conhecimento que não se tem. E isso sem dúvidas, é um pilar para essa nova formação de professores. Não é um processo rápido e exige quebra de paradigmas, perseverança, continuidade e claro, um trabalho conjunto de troca, como foi falado anteriormente. Tudo isso faz com que a construção do professor para este novo cenário seja mais rica.

Falando sobre este compartilhamento de experiências, ele deve ser feito de forma organizada levando em consideração alguns pontos. É possível por exemplo, gestores e coordenadores apoiarem docentes mais criativos, empreendedores, e colocá-los como tutores de colegas que tenham mais dificuldade nessa formação continuada.

Isso diminui a distância entre os docentes e faz com que aos poucos todos caminhem da mesma forma no ensino. O compartilhamento de práticas, estratégias e experimentos, constrói um meio comum para alcançar resultados positivos com os alunos e poder usufruir o melhor das metodologias ativas.

É preciso lembrar que as metodologias ativas derrubam algumas barreiras antes existentes na educação tradicional. A comunidade, organizações, família, e estudantes trabalham junto em nome do aprendizado, e por isso o docente precisa buscar também nesses agentes transformadores, inspiração e troca para fazer dar certo este processo.

Com relação ao modelo de ensino, passamos por uma transformação, ela já caminhava a passos lentos, mas foi antecipada pela pandemia, e com isso entender o cenário híbrido tornou-se essencial para qualquer professor.

Vivemos conectados e a separação clara entre mundo físico e digital está desaparecendo. Ambos andam juntos, como tudo em nossas vidas, usamos os nossos smartphones constantemente para resolver problemas que antes precisavam da nossa presença, como é o caso da ida até o banco, por exemplo, que hoje resolvemos com cliques. E para a educação não é diferente.

O ensino híbrido torna a educação mais flexível, inclusiva, permite a personalização da aprendizagem para atender as necessidades do aluno, e para trabalhar com este modelo o professor precisa extrair o que tem de melhor destes pontos e saber que a não limitação da sala de aula abre uma importante janela para o aluno, mas também para o professor, que pode construir seus planos de aula de forma mais dinâmica, rica, com diferentes combinações.

Para você professor ou qualquer outro agente da educação que esteja lendo este texto, tenha em mente que para se capacitar, se formar, e transformar, para a nova realidade da educação, é preciso estar aberto e criar um ambiente colaborativo, investir na troca para a construção constante de formas de sucesso para trabalhar com as metodologias ativas de ensino.

O autor: David de Oliveira Lemes é coordenador do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP). É Doutor e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD) da PUC-SP e Bacharel em Mídias Digitais pela mesma universidade. Estudou também artes gráficas, processamento de dados, desenho, ilustração, 3D, pintura, quadrinhos e jornalismo multimídia.

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