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São Paulo é quarta cidade mais populosa do planeta, com cerca de 21,6 milhões de habitantes. Um município tão grande só poderia ter número superlativos também na economia. Segundo levantamento do professor e coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed El Khatib, se o município fosse um país, seria a 21ª maior economia do mundo, com um PIB de aproximadamente R$ 829 bilhões em 2019.
“Isso significa que o PIB da cidade é maior do que o de países como Polônia, Suécia, Bélgica, Argentina, Áustria, Noruega, Irlanda, Singapura e Dinamarca. A capital paulista também corresponde por 10,3% do PIB brasileiro”, afirma El Khatib.
O docente da FECAP aponta que economia da cidade é predominantemente baseada no setor de serviços, que representa 83,2% do valor adicionado. A indústria e a agropecuária têm participações menores, com 15,5% e 1,3% respectivamente.
São Paulo é também um importante centro financeiro, abrigando a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, além de concentrar uma grande quantidade de bancos, financeiras e seguradoras.
“Apesar da riqueza econômica, a cidade enfrenta desafios relacionados à desigualdade social. O futuro prefeito deverá enfrentar a erradicação da pobreza, com a possibilidade de criar políticas públicas que deem conta do caráter multifacetado desse tema. Erradicar a pobreza passa por enfrentar e eliminar a infraestrutura que oferece a manutenção das condições de miséria da população”, opina do professor.
Entre os problemas sociais que exigirão grande atenção de quem sair vencedor nas urnas em outubro estão, por exemplo, o elevado nível de poluição, trânsito intenso e custo de vida alto.
“Além disso, há uma grande quantidade de favelas e outros tipos de habitações precárias. Um setor que poderia receber mais investimentos e fomento é a indústria de transformação, que vem perdendo participação relativa no PIB da cidade. Investimentos em inovação, tecnologia e infraestrutura poderiam ajudar a impulsionar esse setor”.
Com seus 10,3% de participação no PIB nacional, São Paulo tem grande importância econômica para o Brasil. Portanto, na opinião do professor da FECAP, políticas públicas voltadas para o desenvolvimento da cidade e a redução das desigualdades sociais poderiam trazer benefícios significativos para todo o país.
“Acredito que o agir localmente tem um grande poder e, por isso, as eleições municipais são muito importantes. Então, o município de São Paulo precisa implementar projetos de educação técnica, cidadã, entendendo que a qualificação profissional contribui com emprego e renda da população; favorecer compras públicas de pequenas e médias empresas para promover emprego local e modelos de economia verde; e ainda revisar o Plano Diretor, compatibilizando os eixos de adensamento com planos de ação”, finaliza.
O especialista: Ahmed Sameer El Khatib é Doutor em Administração de Empresas, Doutor em Educação, Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC/SP e graduado em Ciências Contábeis pela USP. É pós-doutor em Contabilidade pela Universidade de São Paulo e pós-doutor em Administração pela UNICAMP. É professor e coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e professor adjunto de finanças da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Foi chefe geral do orçamento da Secretaria Municipal de Finanças de São Paulo entre os anos de 2016 e 2019.
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