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Levantamento da FECAP mostra aumento de 34,81% das ocorrências em comparação com 2021
O ano de 2022 foi marcado por uma alarmante escalada no número de roubos e furtos de celulares no Estado de São Paulo, segundo levantamento do Departamento de Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) realizado a partir da compilação de boletins de ocorrência registrados pela Secretaria de Segurança Púbica.
Ao todo, foram registrados 65.704 boletins de ocorrência de roubo, com um aumento de 34,81%, em relação a 2021. Já com relação aos furtos, foram 51.115 ocorrências, com um crescimento de 54,6% em comparação ao ano de 2021, indicando um aumento significativo na criminalidade relacionada a este tipo de crime.
“É fundamental que as pessoas estejam atentas à segurança de seus pertences e tomem medidas preventivas para evitarem serem vítimas desse crime. Com esses dados em mente, é possível reforçar a importância da conscientização e da prevenção contra o roubo de celulares, que tem afetado a vida de inúmeras pessoas em todo o Estado de São Paulo”, diz o pesquisador responsável pelo levantamento, Erivaldo Vieira.
ROUBOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
A Capital Paulista lidera o ranking de cidades onde foram registrados mais roubos, seguida dos municípios de Guarulhos, São Bernardo do Campo, Diadema, Campinas, Santo André, Osasco, Itaquaquecetuba, Jundiaí e Sumaré.
A maior parte dos roubos aconteceu em vias públicas, representando 85,41% dos casos. Em seguida, temos os roubos em residências, com 3,85%, e em comércios e serviços, com 3,54%. Terminais/estações e rodovias/estradas também foram locais com certa frequência de roubos, representando 2,48% e 1,81% dos casos, respectivamente. Em seguida, temos restaurantes e afins (0,75%), unidades rurais (0,71%), condomínios residenciais (0,52%), locais de lazer e recreação (0,50%), e outros (0,42%).
A maior parte dos roubos aconteceu pela noite, com 39,91% dos casos, seguido de perto por roubos durante a tarde, com 18,95%. A madrugada também foi um período propenso a roubos, com 18,12% dos casos. Pela manhã e em hora incerta, houve 18,61% e 4,41% dos roubos, respectivamente.
Em média, foram registrados 5.475 casos de roubo de celulares por mês, demonstrando uma tendência preocupante de crescimento. Analisando os dados mensais, é possível notar que março, abril, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro apresentaram um aumento significativo na quantidade de roubos em comparação com os mesmos períodos do ano anterior. Por outro lado, janeiro e fevereiro foram os únicos meses com uma queda no número de roubos.
Roubos na Capital aumentaram 32%
O roubo de celulares na capital paulista apresentou um aumento de 32% em 2022, em relação ao ano anterior. Ao todo foram registrados 35.234 roubos, com uma média de aproximadamente 2.936 roubos por mês. Embora haja variações na quantidade de roubos ao longo do ano, a tendência é de que o número de roubos permaneça elevado. É importante ficar atento durante o período de carnaval, pois há um aumento significativo de roubos nessa época.
A maior parte dos roubos ocorreu pela noite, com 39,61% dos casos. Em seguida, a tarde apresentou 18,66% dos roubos. De madrugada, houve 17,83% dos casos, enquanto pela manhã foram registrados 18,14% dos roubos. O período de hora incerta teve menos casos, com 5,76%.
A República lidera o ranking de bairros com maior número de roubos de celulares na capital paulista, durante o ano de 2022, com 24,91% dos roubos ocorridos nesta região. O bairro da Sé ocupa a segunda posição, com 9,66% dos roubos. A região da Consolação vem em seguida, com 9,51% dos casos. Os bairros Pinheiros, Jabaquara, Vila Mariana, Santo Amaro, Bela Vista, Capão Redondo e Itaim Bibi completam o ranking dos 10 bairros com maior número de roubos de celulares, com participações percentuais de 8,47%, 8,41%, 8,21%, 8,10%, 7,79%, 7,50% e 7,42%, respectivamente.
FURTOS NO ESTADO DE SÃO PAULO
A cidade de São Paulo lidera a lista de cidades onde houve mais furtos de celulares no estado, seguida de Campinas, Guarulhos, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Franca, Osasco, São Bernardo do Campo, São José dos Campos e Sorocaba.
A maior parte dos furtos aconteceu pela tarde, com 28,87% dos casos, seguido de perto por furtos durante a noite, com 27,15%. A manhã também foi um período propenso a furtos, com 24,04% dos casos. Pela madrugada e em hora incerta, houve 12,03% e 7,90% dos furtos, respectivamente.
A maior parte dos furtos aconteceu em vias públicas, representando 51,79% dos casos. Em seguida, temos os furtos em residências, com 16,82%, e em comércios e serviços, com 12,35%. Terminais/estações e locais de lazer e recreação também foram locais com certa frequência de furtos, representando 6,94% e 4,60% dos casos, respectivamente.
Evolução de furtos de celulares no Estado de SP
Furtos na Capital aumentaram 65%
O furto de celulares na capital paulista apresentou um aumento de 65% em 2022, em relação ao ano anterior, totalizando 25.237 ocorrências na cidade.
A maioria dos furtos na aconteceu durante a noite (30,66%), seguido do período da tarde (28,93%), madrugada (9,43%), em hora incerta (3,83%) e pela manhã (27,16%). A maior parte dos furtos acontece em via pública (76,64%), seguido de locais como Terminal/Estação (9,40%), Comércio e serviços (3,24%), Residência (3,23%), Lazer e recreação (1,77%), Restaurante e afins (1,57%), Rodovia/Estrada (1,40%), Shopping Center (0,99%), Outros (0,99%) e Condomínio Comercial (0,76%).
O bairro da Liberdade, um dos pontos turísticos da Capital, lidera o ranking dos 10 bairros com maior número de furtos de celulares na capital paulista, com 15,18% de furtos. O bairro da República ocupa a segunda posição, com 14,61% dos furtos. A região da Sé, bairro do centro, vem em seguida, com 13,88% dos casos. Os bairros da Bela Vista, Bom Retiro, Consolação, Brás, Mooca, Pinheiros e Cambuci completam o ranking dos 10 bairros com maior número de furtos de celulares, com participações percentuais de 10,81%, 8,62%, 8,20%, 7,61%, 7,27%, 6,93% e 6,89%, respectivamente.
Sobre o DEPEC
O Núcleo de Estudos da Economia do Crime iniciou seus trabalhos em 2016, quando a FECAP assinou um contrato de parceria com o grupo Tracker, que rastreia e localiza veículos e cargas em todo o país. A junção dos dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e do Business Intelligence do grupo Tracker, permitiram a criação de um indicador que projeta o perfil do roubo e furto de veículos e os impactos econômicos. Além disso, o núcleo de Estudos da Economia do Crime também realiza análises independentes do comportamento da criminalidade em locais e períodos mais detalhados.
#TAGS: FECAP roubo de celular
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