Formado em Administração pela FECAP, ele também é o country manager da ONG Hamburgada do Bem para Argentina, Paraguai e Uruguai
Leonardo Rodrigues é mais um ex-aluno destaque. Depois de muitas experiências profissionais no setor privado e social, ele decidiu traduzir suas paixões por desenvolvimento de negócios e transformações sociais em uma empresa de impacto socioambiental, além de ser mentor em aceleradoras de startups e empresas de impacto social e hackathons.
INÍCIO
Leonardo conta que escolheu a FECAP para estudar por indicação de uma amiga que possuía um familiar aluno da Instituição. “Como sempre estudei em escola pública, tive a oportunidade de aplicar minha nota do Enem para o Prouni e consegui a bolsa de 100%”, conta.
FACULDADE
“Estudar Administração na FECAP me abriu diversas portas importantes no mercado de trabalho. No primeiro semestre eu já estava estagiando na ANBID, atual ANBIMA, e no terceiro semestre já atuava como Analista Junior na área financeira da CSU Cardsystem”.
Ainda estudante, após uma tentativa de empreendimento, decidiu dar um passo atrás e desvendar o mundo das startups, voltando a ser estagiário na Sacs South American Cards Services do Grupo Travellex.
O ex-aluno também participou da primeira iniciativa empreendedora da FECAP, em parceria com a Endeavor, no programa piloto “Bota pra Fazer”, onde 10 alunos participaram de uma competição de pitchs e foram escolhidos para participar de uma “aceleração”.
Ao término da faculdade, saiu para “mochilar” pela América do Sul, decidindo não retornar mais ao país. Acabou colocando em prática o que aprendeu na faculdade: desenvolveu o plano de negócios para uma consultoria de negócios/financeira em Buenos Aires, recebendo posteriormente a oferta para se tornar sócio da empresa e se estabelecer na cidade.
Em Buenos Aires ele também cursou o Mestrado em Finanças da Universidad Torcuato Di Tella, ranqueado como um dos melhores da América Latina. Após um período sabático, retornou à cidade e ingressou em uma nova sociedade no ramo de bebidas no bairro de Palermo Hollywood.
DESPERTAR
Na FECAP, ele também despertou para o que está vivendo. “Em 2010, foi passado a leitura do livro Banqueiro dos Pobres no PEDP. Nele, eu descobri que as minhas inquietações de juntar projetos sociais e iniciativa privada era possível para a criação de projetos mais sustentáveis que não dependessem de doações e se auto alimentassem por seus produtos e serviços”.
Depois da temporada em Buenos Aires, de volta ao Brasil, Leonardo internacionalizou a Ong Hamburgada do Bem para a Argentina, Paraguai e Uruguai.
“Em dois anos assistimos a mais de 2500 crianças e tivemos próximo de 1000 voluntários. Também fechamos parcerias com o Clube Boca Juniors, com a Fundación Margarita Barrientos, Frigorífico Athena (braço latino da Minerva), Pepsico, Danone entre outras grandes empresas regionais”, conta, orgulhoso.
O ex-aluno da FECAP abriu recentemente a Amapro, uma empresa de impacto positivo e socioambiental, que produz produtos têxteis que servem de combustível para geração de transformação social.
“São cinco pilares: Nutrição, Primeira Infância, Vestuário, Educação e Empregabilidade. Ela é o resumo de minhas experiências profissionais e sociais, além de tudo, o que eu acredito que negócios devem ser, pensando em pessoas e para pessoas”, diz.
A empresa começou confeccionando máscaras estampadas, hoje possui produtos que contribuem na Educação Sexual, sobre Violência Doméstica e na Nutrição correta de Famílias em situação de vulnerabilidade social.
“A cada máscara comprada, doamos outras duas a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Em pouco mais de dois meses, são 2000 máscaras doadas a asilos, orfanatos, pessoas em situação de rua, comunidades carentes e comunidades indígenas de São Paulo, Roraima e Rio Grande do Norte”.
A empresa não utiliza embalagens de plástico descartável e paga entre 300-700% acima do mercado às costureiras.
“Nesse período, triplicamos a renda delas, com uma redução de horas trabalhadas diariamente, gerando mais qualidade de vida para elas e suas famílias”.
Hoje são 12 pessoas envolvidas diretamente e indiretamente na empresa. Na cidade de São Paulo, implementamos entregas em bicicleta com entregadores advindos de projetos sociais e coletivos, com a intenção de geração de renda junta, por conta desse modal deixamos de emitir 50 kg de CO2.
“O nascimento desse negócio coloca fim a um processo de depressão fruto de um estelionato sofrido e dá vida o que há anos venho sonhando, um negócio que une privado e social pensado em Pessoas e para Pessoas, de maneira autossustentável. São anos de estudo e experiências para chegar em um modelo que me dá enorme prazer em ver funcionando e atendendo seus objetivos”, finaliza.