A pandemia que o mundo está enfrentando trouxe como consequência o colapso econômico da maior parte dos países. Sejam eles desenvolvidos, emergentes ou pobres.
A cada projeção econômica realizada para 2020, ampliam-se as perdas. A última projeção realizada, em junho, pelo Banco Mundial, indica uma contração mundial na ordem de -5,2%. No Brasil, a contração seria de 8%. Para as demais economias também são projetadas contrações, como na norte americana (-6,1%), na zona do euro (-9,1%), no Japão (-6,1%), na Rússia (-6%), na Argentina (-7,3%), com exceção da China, onde projeta-se crescimento de 1%.
O boletim focus, que realiza pesquisa junto a instituições do mercado financeiro, divulgado semanalmente pelo Banco Central, tem apresentado projeções cada vez maiores de contração para a economia brasileira. O boletim divulgado em 15/06 apresentou uma projeção de -6,51% para o PIB brasileiro, em 2020.
Afora as projeções para a atividade econômica, outros indicadores têm demostrado o efeito devastador desta pandemia. O IPCA vem por dois meses consecutivos apresentando deflação, -0,31% em abril e -0,38% em maio. Espera-se que a inflação feche 2020 a 1,60%, abaixo do piso da meta perseguida pelo Banco Central.
A última pesquisa sobre serviços aponta contração do segmento pelo terceiro mês seguido, sendo que no mês de abril a queda foi de 11,7%. O setor de comércio apresenta queda acumulada de 18,6%.
As incertezas com relação à duração das medidas de combate à pandemia, bem como dos seus efeitos posteriores, ampliaram a volatilidade nos mercados financeiros, fazendo com que a cotação do dólar atingisse o patamar de R$ 5,90/US$, durante o mês de maio. Ao longo do mês de junho a cotação caiu abaixo de R$ 5,00/US$, num breve momento de otimismo nos mercados.
O setor automobilístico não ficou imune à pandemia. De acordo com dados da Anfavea, a queda da produção em abril, talvez o pico da crise no setor, foi de quase 100%. Em maio, é possível verificar uma retomada da atividade.