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Décimo terceiro: especialista dá dicas para usar bem o dinheiro extra

O pagamento do 13º salário deve injetar mais de R$ 200 bilhões na economia brasileira, segundo...
Imprensa | 09/12/2022
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O pagamento do 13º salário deve injetar mais de R$ 200 bilhões na economia brasileira, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Na opinião do coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed El Khatib, o dinheiro extra é uma excelente alternativa para completar ou começar a formar uma reserva financeira. 

PARA QUEM NÃO TEM DÍVIDA: POUPE O VALOR 

Para o especialista, todo dinheiro extra que entra no orçamento é uma ótima oportunidade para começar a poupar e investir. Lembrando sempre que não existe um investimento perfeito, existe o que funciona para cada pessoa. 

“Não é preciso guardar todo o dinheiro. Eu sugiro um meio termo. Defina um percentual daquele dinheiro que vai para reserva de emergência e o outro percentual que vai para o seu consumo. A reserva financeira é o dinheiro guardado para momentos de necessidades e imprevistos. Para quem não tem dívidas, essa seria a primeira dica de como usar bem o 13º salário”. 

Outra opção é começar uma previdência ou, para quem já tem uma, fazer um aporte maior agora; ou ainda comprar títulos públicos indexados ao IPCA. Esses títulos estão com uma remuneração bem interessante no momento. E claro, a depender do seu sonho, outros investimentos possíveis. 

PARA QUEM TEM DÍVIDAS: PAGUE-AS 

Nesses casos, o décimo terceiro salário pode ajudar a frear uma espiral negativa nas suas finanças, quando aquela bola de neve de juros sobre juros parece incontrolável. Se você tem dívidas com juros altos, como o cheque especial, faturas atrasadas do cartão de crédito ou outros empréstimos de curto prazo, a melhor opção para o seu décimo terceiro é quitar essas dívidas. 

A recomendação do professor universitário é priorizar o pagamento das dívidas em atraso e com juros maiores. Entrar no rotativo do cartão de crédito e usar o cheque especial como complemento da renda pode complicar a vida financeira de muitas pessoas. 

“Pode não ser o destino dos sonhos para esse dinheiro, mas é o mais indicado para quem está preocupado com o bem-estar financeiro. É uma decisão lógica: de que adianta pensar em investir para o futuro, projetando ganhos audaciosos de 10% ao ano acima da inflação, por exemplo, se você está usando dinheiro do cheque especial, cujos juros superam a casa dos 100% anuais?”. 

PLANEJE AS SUAS FINANÇAS 

Lembre-se que o dinheiro deve trabalhar a seu favor, e não o contrário. Aproveite o momento para criar uma cultura de poupança e usar a renda extra para compor uma reserva financeira ou reforçar os investimentos já existentes. 

Faça uma verdadeira faxina no orçamento, eliminando todos os gastos supérfluos. Defina objetivos de curto (até 1 ano), médio (1 a 5 anos) e longo prazo (acima de 5 anos) para não perder o foco ao longo do caminho. Depois disso, veja se faz sentido pagar as contas atrasadas ou guardar recursos para eventuais emergências.  

Para quem não abre mão das compras de Natal, planeje os gastos de fim de ano para evitar extrapolar. Não compre por impulso e crie um teto de gastos pessoal para a data. O ideal é que o teto não ultrapasse mais que 20% do salário. Adapte o preço dos presentes a essa realidade e seguramente terá uma boa situação financeira nos próximos meses, em especial, nos primeiros meses do ano onde as contas relacionadas ao IPTU, IPVA, material escolar, dentre outros, costumam ser bem pesadas. 

DÉCIMO É BOM PARA TODO MUNDO 

“Na vida do cidadão, o pagamento traz oportunidades de pagar suas dívidas, poupar um pouco de dinheiro ou realizar as compras de final do ano. Para as empresas e prestadoras de serviços é um período em que podem compensar eventuais perdas no ano, realizando mais vendas, obviamente de olho nesses recursos adicionais dos trabalhadores”, finaliza Ahmed. 

O especialista  

Ahmed Sameer El Khatib: Doutor em Administração de Empresas, Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC/SP e graduado em Ciências Contábeis pela USP. Concluiu seu estágio pós-doutoral em Contabilidade na Universidade de São Paulo. É professor e coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e professor adjunto de finanças da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). 

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