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Roubo e furto de celulares: estudo da FECAP lista locais, ruas e bairros mais perigosos da cidade SP

Em 2021, Capão Redondo foi o bairro com mais roubos (3.389), e a Avenida Paulista o logradouro com...
Imprensa | 03/03/2022
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Em 2021, Capão Redondo foi o bairro com mais roubos (3.389), e a Avenida Paulista o logradouro com maior número de furtos (2417) 

Um estudo realizado pelo Departamento de Pesquisas em Economia do Crime (DEPEC) da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) listou os locais onde mais acontecem roubos e furtos de celulares na capital paulista. A grande maioria dos crimes acontece em vias públicas, no período da noite. Os dados foram compilados a partir de levantamento dos boletins de ocorrência da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). 

Em 2021 foram registradas 90.711 ocorrências de roubo, 2,39% a menos do que o verificado em 2020 (92.935 ocorrências). O bairro do Capão Redondo é o que mais apresenta ocorrências: 3.389 boletins. Já a Praça da República, no centro da cidade, é o local onde mais se rouba celulares: foram 524 ocorrências registradas. 

No mesmo período, foram registrados 66.107 furtos de aparelho, 3,39% a mais que a quantidade de boletins emitidos em 2020 (63.942 ocorrências). O bairro do Brás se destaca com o maior número de ocorrências (3.254 boletins), aumento de 36,61%, em comparação com 2020 (2.382 boletins). Já quando se fala em logradouro com mais furtos, a Avenida Paulista é campeã: foram 2417 em 2021. 

O efeito da pandemia de Covid-19 também foi registrado pela pesquisa. Sem as comemorações do Carnaval, houve uma queda expressiva no número de boletins de roubos e furtos de celulares, no mês de fevereiro. Em 2020, foram registrados 10.717 roubos e 13.385 furtos de celulares. Logo após a folia, foram registrados os primeiros casos do novo coronavírus, e em 2021, a festa foi cancelada. O resultado pôde ser visto na queda de 29,82% de roubos (7.521 ocorrências) e 65,19% de furtos (4.659 ocorrências) de celulares, na cidade de São Paulo em fevereiro de 2021. 

Erivaldo Vieira, pesquisador da FECAP e responsável pelo estudo, destaca que para esse tipo de crime é comum ocorrer subnotificação, e que nem todos os boletins registrados pela SSP-SP foram incluídos na análise, por estarem incompletos. 

“As informações apresentadas no estudo não correspondem ao número exato de ocorrências. É importante que o cidadão registre o boletim de ocorrência corretamente, com informações completas e sem erros. Assim, as autoridades podem ter dimensão real deste grande problema e planejar políticas públicas mais adequadas no combate à criminalidade”. 

Confira a seguir os dados completos: 

ROUBOS 

O levantamento da FECAP registrou 90.711 ocorrências de roubo de celulares na cidade de São Paulo durante o ano de 2021. O número é 2,39% menor do que o verificado em 2020 (92.935 ocorrências). 

A maior parte desses roubos ocorreram em vias públicas (90,95%), seguido de estabelecimentos de comércios e serviços (2,64%) e terminais ou estações (2,35%). Os registros também apontam que os delitos se concentram, predominantemente, à noite (42,73% das ocorrências totais), seguido pelo período da manhã (19,04%).  

Tabela 1: Roubos de celulares em São Paulo por tipo de local 

Gráfico 2: Roubos em São Paulo por período 

Bairros com mais roubos 

O bairro do Capão Redondo se destaca com o maior número de ocorrências de roubos em 2021 (3.389 boletins), aumento de 39,12%, quando comparado com 2020 (2.436 boletins). Em 2020, o bairro ocupava a 3ª colocação, entre os bairros com maior número de roubos, espaço que foi ocupado por Jardim Ângela (2.192 ocorrências), em 2021. O Grajaú permanece na segunda colocação, na passagem de 2020 (2.596 boletins) para 2021 (2.321 boletins), mas com queda de 10,59%. 

Ruas com mais roubos 

O estudo também levantou os 15 logradouros com maior número de ocorrências de roubos de celulares na cidade de São Paulo no ano de 2021. 

Tabela 3: Roubos de celulares em São Paulo por logradouro 

FURTOS DE CELULARES 

Foram registradas 66.107 ocorrências de furto de celulares na cidade de São Paulo durante o ano de 2021. O número é 3,39% maior que a quantidade de boletins emitidos em 2020 (63.942 ocorrências).  

A maior parte dos crimes desses furtos, em 2021, ocorreu em vias públicas (70,21%), seguido de terminais ou estações (15,32%). Os registros também apontam a expressiva imprecisão do horário do delito (80,81% das ocorrências totais). 

Tabela 4: Furtos de celulares em São Paulo por tipo de local 

Gráfico 4: Furtos em São Paulo por período 

Bairros com mais furtos 

O bairro do Brás se destaca com o maior número de ocorrências de furtos, em 2021 (3.254 boletins), aumento de 36,61%, quando comparado com 2020 (2.382 boletins). Em 2020, o Brás ocupava a 4ª colocação, entre os bairros com maior número de furtos, espaço que foi ocupado por Pinheiros (2.089 ocorrências), em 2021. A República desceu um patamar, para segunda colocação, na passagem de 2020 (3.971 boletins) para 2021 (3.013 boletins). Isso significa que em 2021, 9,48% do total de furtos registrado na cidade de São Paulo ocorreram nos bairros do Brás e República. 

Tabela 5: Furtos de celulares em São Paulo por bairro 

Ruas com mais furtos 

A FECAP também listou os 15 logradouros com maior número de ocorrências de furtos de celulares no ano de 2021.  

Tabela 6: Furtos de celulares em São Paulo por logradouro 

Sobre o DEPEC  

O Departamento de Pesquisas em Economia do Crime iniciou seus trabalhos em 2016. Através dos dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e do Business Intelligence do grupo Tracker, realiza a produção do Boletim Econômico Tracker-FECAP, onde apresenta o comportamento geral da criminalidade e artigos de professores e/ou especialistas. Além disso, o Departamento de Pesquisas em Economia do Crime também realiza análises, independentes, do comportamento da criminalidade em locais e períodos mais detalhados. 

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