Colégio FECAP arrecada livros para criar biblioteca em escola de comunidade quilombola da Bahia
Na volta às aulas, alunos e professores podem contribuir com a ação
São Tomé, um povoado de difícil acesso pertencente ao município de Campo Formoso, no sertão da Bahia, tem como principal cultura de subsistência de seus moradores a colheita do sisal. A comunidade, que é remanescente de quilombo, tem três escolas municipais e uma estadual, o Colégio Estadual do Campo de São Tomé, com cerca de 220 alunos, que receberão um grande presente: conhecimento. O projeto “Ler é transformar” será responsável por tornar esse sonho realidade: formar uma biblioteca na escola.
A partir da próxima segunda-feira (27), o Colégio FECAP, na Capital paulista, organiza uma ação colaborativa. Logo no primeiro dia de aula, os estudantes poderão contribuir. O pátio do 4º andar da Instituição terá uma urna para arrecadação de livros. Pode ser doado qualquer livro paradidático que contribua no processo criativo de quem receber a doação.
A ideia da arrecadação surgiu a partir do grupo de professores “O Equador das Coisas”, no aplicativo WhattsApp. Conversando com outros mestres de vários estados do Brasil, a professora de Redação do Colégio FECAP Janaína Barros descobriu essa escola quilombola, que não tem biblioteca, e trouxe o projeto para o Colégio. Os alunos abraçaram a iniciativa.
Já foram arrecadados mais de 800 volumes no Colégio FECAP, entre doações de alunos e professores. A meta é arrecadar dois mil itens até fevereiro e depois enviá-los à São Tomé.
A professora Janaína acredita que o projeto convida os alunos a refletir sobre a importância da leitura como agente transformador na vida de todos os jovens brasileiros. Além disso, para ela, os livros abrem as portas do conhecimento, da Cultura e das possibilidades de desenvolvimento pessoal, sobretudo para quem não tem condições de obter essas ferramentas por outros meios.