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“Efeito Donald Trump” traz desafios e oportunidades para o Brasil 

O novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos gera incertezas para a economia global, e o...
Imprensa | 16/02/2025
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O novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos gera incertezas para a economia global, e o Brasil não está imune a esses impactos. Segundo o professor Ahmed El Khatib, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), as políticas protecionistas e a agenda econômica do governo americano podem trazer desafios e oportunidades para o país. 

Uma das principais preocupações com a volta de Trump ao poder é a adoção de tarifas sobre importações. “Trump tem implementado medidas agressivas nesse sentido, o que pode prejudicar economias como a do Brasil. Tarifas sobre produtos brasileiros, como o aço e commodities do agronegócio, podem limitar nosso acesso ao mercado americano, afetando diretamente setores estratégicos”, explica El Khatib. 

As relações entre Brasil e Estados Unidos podem passar por mudanças significativas. “A postura mais nacionalista de Trump pode dificultar a cooperação econômica entre os países, tornando negociações comerciais mais complexas. O Brasil precisará buscar alternativas para manter a estabilidade econômica e minimizar as consequências dessa postura protecionista”, ressalta o especialista. 

A política imigratória de Trump também pode afetar a economia brasileira. “Há cerca de 230 mil brasileiros vivendo sem documentação nos Estados Unidos, e a promessa de deportações em massa pode gerar um impacto negativo tanto na vida dessas pessoas quanto nas remessas enviadas ao Brasil, que representam uma importante fonte de renda para diversas regiões do país”, alerta o docente. 

A política ambiental do governo Trump também pode gerar impactos. “A retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris pode afetar investimentos em energias renováveis e iniciativas ambientais. Empresas brasileiras que dependem de exportação de produtos sustentáveis podem encontrar desafios para manter competitividade no mercado internacional”, pontua o professor. 

Se as políticas protecionistas de Trump forem mantidas, o comércio global sofrerá impactos. “Há riscos claros de desaquecimento da economia mundial e aumento dos custos de produção. Para o Brasil, isso significa tanto desafios quanto oportunidades de se reposicionar no cenário internacional”, analisa El Khatib. Segundo ele, os riscos estão concentrados no curto prazo, enquanto os benefícios podem demorar mais tempo para serem percebidos. 

A incerteza sobre as políticas comerciais e fiscais pode levar empresas americanas a adiarem investimentos, impactando diretamente o fluxo de capitais para mercados emergentes como o Brasil. “O protecionismo americano pode restringir o ambiente de negócios em uma escala não vista nas últimas décadas, tornando essencial que o Brasil diversifique suas parcerias econômicas e busque fortalecer o mercado interno”, conclui o professor da FECAP. 

O especialista: Ahmed Sameer El Khatib é Doutor em Finanças e Doutor em Educação, Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais, graduado em Ciências Contábeis, Pós-doutor em Contabilidade e Pós-doutor em Administração.  É graduando e doutorando em Psicologia Clínica. É professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e professor adjunto de finanças da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). 

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