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Por: João Paulo Vergueiro, professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e diretor para a América Latina e Caribe do GivingTuesday.
O Brasil contava com 815.676 ONGs – ou organizações sem fins lucrativos, entidades, organizações da sociedade civil etc – em 2021, segundo o Mapa das OSCs. Já o estudo FASFIL – As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil, publicado pelo IBGE utilizando uma base de dados pública mais restrita indicou existirem, em 2016, 236.950 organizações no Brasil.
Ainda não há consenso de qual das duas referências é a mais adequada, mas a maioria das pessoas tende a utilizar o Mapa das OSCs, por ter se mantido mais atualizada e, claro, porque causa mais impacto falar que temos 815 mil ONGs ao invés de 236 mil.
O número total de ONGs é a principal referência do Mapa. Ao olhar a lista completa é possível conhecer outras informações também:
O setor sem fins lucrativos adiciona 4,27% à economia brasileira, conforme encontrou a pesquisa A importância do Terceiro Setor para o PIB no Brasil, realizada pela FIA a pedido do Movimento por uma Cultura de Doação.
Empregos
Além de movimentar bastante a economia, o Terceiro Setor emprega muito mais que a maior parte dos demais setores da economia:
Doações Filantrópicas
Não existem tantos dados gerais sobre as receitas das ONGs. Sabe-se mais sobre as doações filantrópicas, que são aquelas realizadas para gerar impacto positivo para a coletividade, e que em sua grande maioria são dirigidas às ONGs.
Tecnologia
A principal referência que temos no país para saber como as organizações se utilizam da tecnologia é a TIC OSFIL. É uma pesquisa que já está em sua quarta edição, com a versão mais recente lançada ano passado, e traz alguns resultados que valem a pena serem conhecidos:
Receita
E se falar sobre o número das organizações, empregos, doações e tecnologia não for suficiente, seguem mais dois dados sobre as ONGs brasileiras que vale a pena a gente listar e deixar como referência, e que abordam outros aspectos das receitas delas:
Filantropia Premiável: os títulos de capitalização da modalidade filantropia premiável, que beneficia instituições sem fins lucrativos, renderam 1 bilhão e 480 milhões de reais às ONGs em 2022, de acordo com os dados fornecidos pela FenaCap – Federação Nacional de Capitalização.
Recursos Públicos: o governo federal repassou quase 13 bilhões de reais às instituições sem fins lucrativos em 2018, o último ano que consta atualizado no Mapa das OSCs.
São números interessantes e que nos permitem ter uma visão mais completa sobre o setor sem fins lucrativos do país.
Ainda que pouco conhecido, o também chamado “terceiro setor” não somente é bastante representativo na econômica brasileira e um dos maiores empregadores, como suas instituições são, elas mesmas, grandes geradoras de trabalho e renda.
Não à toa, devemos cada vez mais olhar as ONGs para além do impacto positivo que geram na sociedade, entendendo-as como motores da economia e um dos setores que mais gera riqueza para o país, com muito valor econômico.
Ao estimular a formação e crescimento das ONGs o Brasil ganha duas vezes: com o impacto delas e na economia. É um jogo de ganha-ganha, não dá para perder.
24/04/2024
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