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Muitos conceitos estão ligados ao sucesso de empresas e pessoas. Quero, neste artigo, destacar um dos mais importantes. As companhias prosperaram conforme seu grau de adaptação ao ambiente exterior (mercado consumidor, tecnologias preponderantes, cultura da sociedade etc.). Embora isso pareça óbvio, a rotina empresarial muitas vezes nos cega ao que se passa lá fora. Outras vezes, são nossos próprios vieses pessoais que limitam a necessária adaptação. Usando uma metáfora biológica, são os seres mais ajustados às características do meio exterior que prosperam: em uma floresta em que faltam cenouras, os coelhos que conhecem fontes de alface seguem firme.
Em Tecnologia da Informação este imperativo é particularmente relevante. A canadense BlackBerry já foi detentora, na América do Norte, de grande parte do mercado de smartphones; hoje possui ínfima parte. Em 2007, quando a Apple lançou seu Iphone dizia-se que tais celulares seriam apenas para uso individual. Como sabemos, o Iphone ganhou o mundo, inclusive o corporativo. Depois de reinar indiscutivelmente, hoje também a Apple é desafiada por firmas chinesas e coreanas. A Toyota, exemplo de eficiência e inovação, vê a Tesla se aproximar em valor de mercado. Nenhum sucesso é seguro o bastante para prescindir de adaptação.
A ideia de que as empresas estão passando por uma quantidade sem precedentes de “desordem” não é surpresa. É lugar comum falarmos sobre mundo V.U.C.A. É evidente também que “novos normais” emergirão da pandemia global Covid-19. Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, nomeou nossa era contemporânea de “modernidade líquida”: agitação, fragmentação, ambivalência, incertezas e contingências. Mas como tais mudanças surgem? Quais seus impactos estratégicos às empresas? Como profissionais lidam (e deveriam lidar) com estas alterações significativas? Resumo abaixo alguns pontos relevantes. Há muita pesquisa sobre o tema, nosso papel nos artigos “Reflexões Relevantes” do Conexões Empresariais é transformar conhecimento em ações concretas.
O executivo, enfim, deve acompanhar a evolução de seu setor com profundidade. Deve também compreender as alterações mais amplas – sociais e culturas inclusive. Acostumar-se unicamente com um modo de se fazer negócios é caminho para o fracasso. Flexibilidade, ao contrário, é requisito necessário. O custo de se reagir cresce quando a mudança se torna óbvia. O Google continua, de modo constante, disponibilizando novas tecnologias. A Adobe – mesmo sem grandes resultados financeiros imediatos – teve suas ações valorizadas quando adaptou-se aos serviços on-line e de computação na nuvem. Em uma economia centrada na inovação, portanto, apenas os adaptados à dinâmica tecnológica e social turbulenta prosperarão. Espero ser seu caso.
Por Edson Barbero
Doutor e Mestre em Administração
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