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Confira o boletim CECON FECAP de Agosto de 2025!

Este boletim reúne um conjunto de dados disponíveis para o Estado de São Paulo e sua capital,...
Pesquisa | 03/09/2025
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Este boletim reúne um conjunto de dados disponíveis para o Estado de São Paulo e sua capital, além das principais notícias, com o intuito de ajudar na compreensão da situação econômica da região, bem como na formação de expectativas por parte dos empresários e consumidores.

Os dados de junho mostram uma queda na produção do setor de comércio, do setor de serviços e na produção industrial.

Já os dados de julho mostram que o emprego formal aumentou, porém o salário médio diminuiu. Além disso, a inflação no acumulado dos últimos 12 meses continua crescendo mais do que a média observada para o País. Outro destaque é que o custo de vida aumentou mais para as famílias que possuem renda média mais baixa. O número de famílias endividadas diminuiu, embora o número de famílias com contas em atraso e as que não terão condições de pagar suas dívidas teve um aumento. Ademais, as perspectivas futuras para o consumo e para a produção continuam positivas. E, por fim, o nível de confiança dos consumidores piorou, mas o dos empresários do comércio melhorou pelo terceiro mês consecutivo.

Em contrapartida, os dados de agosto mostram que o nível de confiança dos empresários da indústria diminuiu.

O mês de julho foi marcado pelo “tarifaço” dos EUA contra o Brasil e as tentativas frustradas do governo brasileiro de negociar. Mas também vale destacar a reunião da cúpula dos BRICS, a conclusão de um novo acordo de comércio do Mercosul e a manutenção da taxa básica de juros em 15% ao ano.

Notícias de julho – Referência para os Dados

As tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente americano, Donald Trump, no início de abril para diversos países foram adiadas por 90 dias, para que os EUA pudessem, nesse período, negociar com seus parceiros comerciais. No início de julho, um novo anúncio adiou a aplicação para o dia 1º de agosto. E, neste mês, no dia nove, o presidente americano anunciou que a tarifa para o Brasil seria de 50%, sob a alegação de práticas comerciais desleais realizadas pelo País e de condução jurídica inadequada do STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A União Europeia, o Japão, a Indonésia, as Filipinas e o Vietnã já reajustaram para baixo essas tarifas por meio de acordos comerciais. Com a China, existe uma trégua tarifária até 12 de agosto. No restante do mês, as notícias trataram das diversas tentativas do governo brasileiro de fechar um acordo com os EUA, com a participação do vice-presidente Geraldo Alckmin, de senadores e de representantes dos empresários. Além disso, o período também foi marcado pelas falas do presidente Lula sobre a soberania do País, os possíveis efeitos negativos da tarifa para cada um dos setores no Brasil e por grandes oscilações na Bolsa de Valores e na taxa de câmbio.

A cúpula dos BRICS reuniu neste mês os líderes de mais de 11 países, no Rio de Janeiro, para discutir propostas de mudanças no sistema monetário internacional. Entre as propostas, está a defesa de mudanças no Fundo Monetário Internacional (FMI) e na ONU, na desdolarização das transações comerciais entre seus membros e na criação de instrumentos de crédito personalizados para o Sul Global, por meio do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), liderado pela ex-presidente brasileira Dilma Rousseff. Além disso, foi anunciada a adesão da Indonésia como membro pleno e de 10 países como parceiros. Vale também destacar que os líderes reafirmaram, como contraponto ao presidente dos EUA, o compromisso com o multilateralismo. 

O Mercosul – que reúne Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) – que inclui Suíça, Islândia, Noruega e Liechtenstein – anunciaram a conclusão das negociações para um Acordo de Livre Comércio entre as duas regiões. Dentre os vários pontos, o acordo prevê a redução de tarifas, a simplificação de processos e a transparência nas exigências sanitárias e fitossanitárias. Estima-se um crescimento de 10% nas trocas internacionais do Brasil com a EFTA, que inclui os setores de carnes, arroz, café torrado, álcool etílico, remédios, dentre outros. A expectativa é que o acordo seja assinado ainda este ano. 

O Senado e a Câmara dos EUA aprovaram a política fiscal do presidente Trump chamada “One Big Beautiful Bill”. A política reduz alguns impostos, aumenta os gastos para as Forças Armadas e para o controle da imigração, diminui os recursos destinados a programas sociais e reduz os incentivos à energia limpa. A estimativa é de que esse pacote orçamentário aumentará, em uma década, em torno de US$ 3,3 trilhões a dívida pública do país. 

O Ministro do STF, Alexandre de Moraes, restabeleceu quase a totalidade do decreto, derrubado pelo Congresso Nacional, que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão ocorreu após a falta de acordo na audiência de conciliação entre o Governo Federal e o Congresso Nacional. É a quarta mudança nas alíquotas em quase dois meses. No curto prazo, isso representará um aumento de R$ 11,5 bilhões na arrecadação do Governo Federal em 2025. No longo prazo, a decisão é vista como uma declaração de constitucionalidade do uso do IOF para fins arrecadatórios e, portanto, deixa de ser um imposto apenas regulatório.

O Governo Federal anunciou no Relatório de Receitas e Despesas deste mês a redução do contingenciamento do orçamento de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões. De acordo com o governo, a redução respeita o cumprimento das regras da meta fiscal, pois ela é possível em razão de uma melhora na previsão de arrecadação do Governo, resultado do aumento da receita vinda do IOF, de leilões para exploração de petróleo e do Imposto de Renda (IR). E responde também ao aumento na receita de contribuições da Previdência Social, em função do crescimento do emprego formal.

O Banco Central manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano e sinalizou que, em razão do cenário externo e doméstico, a tendência é manter essa taxa por um período prolongado.

As exportações de carne de frango aumentaram em julho, uma vez que mais países estão retirando as restrições ao produto por causa dos casos de gripe aviária em granjas comerciais registrados no Brasil em maio. A União Europeia, a China, a Rússia, a Arábia Saudita, dentre outros, ainda mantêm as restrições.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou o aumento médio de 13,94% nas tarifas para os consumidores de São Paulo. A empresa Enel, responsável pelo fornecimento, afirmou que o aumento é resultado da elevação de custos com os encargos setoriais e a aquisição de energia, que não são gerenciáveis pela empresa.

Atividade Econômica

A variação mensal do volume de vendas do setor varejista apresentou, pela primeira vez no ano, uma queda expressiva no Estado de São Paulo. Esse resultado também foi observado na média do Brasil. No entanto, diferente do registrado para o País, o Estado apresenta uma variação acumulada no ano negativa desde janeiro de 2025.

Em junho de 2025, o volume de vendas no comércio varejista ampliado no Estado de São Paulo, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou uma queda de 4,3% em relação ao mês anterior. Dentre as 27 unidades da Federação (26 Estados e o Distrito Federal), o resultado negativo foi observado em 20 unidades. No acumulado de janeiro a junho, o volume de vendas do comércio varejista ampliado paulista caiu 1,1%, em contraste com o resultado positivo registrado para o País (+0,5%). Dentro das subcategorias analisadas pelo IBGE, 8 apresentaram crescimento, enquanto 4 recuaram. E, dentre os resultados negativos, os destaques são o setor de móveis (-23,1%) e o de atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (-17,5%).

O setor de serviços no Estado de São Paulo apresentou, pela primeira vez no ano, uma variação mensal negativa. No entanto, a variação acumulada no ano mantém um bom resultado positivo, maior do que o registrado no Brasil. Já as atividades turísticas continuam com uma variação acumulada no ano positiva e próxima da observada para o País.

Em junho de 2025, o volume de serviços no Estado de São Paulo, medido pelo IBGE, registrou uma pequena queda de 0,2% em relação ao mês anterior. Dentre as 27 unidades da Federação (26 Estados e o Distrito Federal), o resultado negativo foi observado em 15 unidades. No acumulado de janeiro a junho, o volume de serviços prestados subiu 3,9%. A média do País foi de +2,5%. Já as atividades turísticas no Estado cresceram 6,1% nesse período.

E, por fim, a produção industrial no Estado de São Paulo apresentou, pela terceira vez consecutiva, uma variação mensal negativa. A variação acumulada no ano apresentou um resultado negativo expressivo, menor apenas do que o observado em setembro de 2023, e diferente do resultado positivo registrado para o País.

Em junho de 2025, a produção industrial no Estado de São Paulo, medida pelo IBGE, registrou uma queda de 0,6% em relação ao mês anterior. Já a produção industrial nacional registrou uma alta de 0,1% na mesma base de comparação. No acumulado de janeiro a junho, a produção industrial caiu 2,1%. O resultado das indústrias extrativas no período, por sua vez, apresentou uma queda de 15,4%, enquanto a indústria de transformação diminuiu 1,9%. E, dentre as indústrias de transformação, a maior variação negativa ocorreu no setor de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-28,2%), enquanto a maior variação positiva ocorreu no setor de fabricação de produtos têxteis (+16,0%).

Os dados sobre a produção do comércio, de serviços e da indústria, apresentados pelo IBGE, são de junho de 2025. Logo, ainda não refletem os acontecimentos apresentados no início deste Boletim.

Emprego

O emprego formal no Estado de São Paulo aumentou mais do que o observado para o País. Já o salário médio de admissão diminuiu, porém menos do que a média nacional.

Com base no Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em julho, o emprego formal no Estado de São Paulo apresentou saldo positivo de 42.798 postos de trabalho, o que representou um aumento de 0,29% no estoque em relação ao mês anterior. Os maiores aumentos ocorreram em Mato Grosso (+0,97%) e no Piauí (+0,80%), ao passo que ocorreram diminuições nos postos de trabalho apenas no Espírito Santo (-0,26%) e em Tocantins (-0,02%). Além disso, o salário médio de admissão diminuiu 0,09% e atingiu o valor de R$ 2.591,74.

Na geração de emprego por setor, os destaques foram as atividades de obras de infraestrutura (+1,66%) e de educação profissional de nível técnico e tecnológico (-18,99%). E, por fim, novamente, o saldo positivo de postos de trabalho foi muito maior para as mulheres, para as pessoas com o ensino médio completo e com idade de 18 a 24 anos.

Em agosto, também foi divulgada a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do segundo trimestre de 2025, realizada pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego no Estado de São Paulo atingiu 5,1%, o que representou uma redução de 1,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior. A taxa de desemprego estimada para o Brasil foi de 5,8%.

A taxa composta de subutilização, resultado da soma da taxa de desemprego, da taxa de força de trabalho potencial e da taxa de subocupação, atingiu 10,8%, o que representa uma redução de 2,4 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2024. Para a média do País, a taxa foi de 14,4%. Essa taxa reflete melhor a subutilização da força de trabalho, isto é, uma oferta de trabalho disponível, mas ainda não empregada. Isso porque ela inclui também as pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar e as de dentro da força de trabalho que gostariam de trabalhar mais.

A taxa de desemprego e a taxa composta de subutilização são as menores da série histórica e inferiores quando comparadas com as taxas estimadas para a média do Brasil.

Inflação

O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), medido pelo IPCA e pelo INPC, apresentou novamente uma variação mensal e uma variação acumulada dos últimos 12 meses maiores do que a observada na média do Brasil. Todavia, diferente do observado para o País, a inflação acumulada dos últimos 12 meses, medida pelo INPC, foi maior do que a registrada pelo IPCA. Logo, o custo de vida na RMSP aumentou mais para as famílias que possuem, em média, uma renda menor.

Segundo o IBGE, em julho de 2025, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), que reflete a variação no custo de vida das famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, subiu 0,46% em relação ao mês anterior. Para o País, o aumento no custo de vida foi de 0,26%. Na divisão por item, entre os maiores aumentos estão a energia elétrica residencial (+10,56%), a passagem aérea (+13,56%) e os jogos de azar (+11,17%). Por outro lado, entre as maiores reduções estão o arroz (-2,59%), o ovo de galinha (-2,85%), o azeite de oliva (-5,00%) e o transporte por aplicativo (-9,42%). 

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumulou aumento de 5,62%. Os destaques ficaram para o café moído (67,82%), o transporte por aplicativo (41,90%), o cigarro (+27,74%), o conserto de automóvel (+16,70%), o ônibus urbano (+13,79%), a energia elétrica residencial (+13,59%) e o arroz (-16,57%). Para a média do Brasil, o IPCA acumulou aumento de 5,23%. 

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), da RMSP, que reflete a variação no custo de vida das famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, subiu 0,56% no mês. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou aumento de 5,75%. Os produtos em destaque são os mesmos do IPCA, exceto o azeite de oliva. Para a média do Brasil, o INPC acumulou aumento de 5,13%. 

Endividamento

No município de São Paulo, o número de famílias endividadas diminuiu depois de cinco aumentos consecutivos. Porém, as famílias com contas em atraso e as que não terão condições de pagar suas dívidas tiveram um aumento. E esses resultados continuam sendo melhores na comparação com os números apresentados para o Brasil.

Em julho de 2025, a Pesquisa de Endividamento e Intenção de Consumo das Famílias (PEIC-SP), realizada pela FECOMÉRCIO-SP, apontou que o percentual de famílias endividadas atingiu 70,86%, uma redução de 0,5 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês anterior. Já a proporção de famílias com dívidas em atraso foi de 22,11%, com um aumento de 0,55 p.p. e o percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas atingiu 9,11%, com um aumento de 0,13 p.p.

Índices de Confiança

O nível de confiança dos consumidores no município de São Paulo voltou a cair depois de dois aumentos consecutivos. Isso mostra uma instabilidade na percepção dos consumidores em relação às condições atuais e as suas expectativas, a qual é justificada pelos acontecimentos no Brasil e no mundo. Na divisão por grupos, contribuíram para esse resultado os consumidores com até 35 anos de idade e com predomínio dos homens.

Em julho de 2025, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela FECOMÉRCIO-SP, registrou uma queda de 3,54% em relação ao mês anterior. Na segmentação por grupos, os homens tiveram uma queda de 5,88%, ao passo que as mulheres apresentaram uma queda de apenas 0,83%. Já para consumidores com até 35 anos de idade, o nível de confiança diminuiu 6,07%, em contraste com o aumento de 1,13% para os consumidores com mais de 35 anos. O subindicador que reflete a percepção dos consumidores em relação às condições atuais diminuiu 4,82%, enquanto o subindicador que reflete as suas expectativas reduziu 2,67%.

O nível de confiança dos empresários do comércio no município de São Paulo aumentou pelo terceiro mês consecutivo. A variação mensal foi melhor em comparação com a registrada para o Brasil. No entanto, observou-se uma variação negativa nas expectativas dos empresários no município e na média do País.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), também calculado pela FECOMÉRCIO-SP, registrou em julho deste ano um aumento de 1,78% em relação ao mês anterior. Na divisão por tipo de produto e por número de empregados, as maiores altas foram para os empresários produtores de não duráveis (+4,89%) e para os que possuem mais de 50 empregados (+9,64%). Os subindicadores que refletem a percepção dos empresários em relação às condições atuais e à estratégia de investimento tiveram um aumento no mês de 3,81% e 3,70%, respectivamente. Em contrapartida, o subindicador que reflete as expectativas dos empresários diminuiu 0,85%.

Por outro lado, o nível de confiança dos empresários da indústria do Estado de São Paulo diminuiu pelo terceiro mês consecutivo, tanto em relação às condições atuais quanto às expectativas para os próximos seis meses.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial Paulista (ICEI-SP), calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), registrou, em agosto de 2025, uma queda de 1,59% em relação ao mês anterior. O indicador mostra um pessimismo por parte dos empresários desde novembro de 2024. Logo, a queda no indicador representa um aumento desse pessimismo. O subindicador que reflete as condições atuais teve uma redução de 2,69%, enquanto o subindicador que reflete as expectativas para os próximos seis meses teve uma redução de 1,09%.

Os dados sobre o nível de confiança dos empresários paulistas da indústria, calculados pela FIESP, são de agosto de 2025. Logo, já refletem os acontecimentos que serão apresentados no final deste Boletim.

Perspectiva

Depois de quatro quedas consecutivas, a intenção de consumo das famílias do município de São Paulo aumentou pela segunda vez em comparação com o mês anterior. No entanto, esse aumento foi menor do que o observado para a média do Brasil. O destaque foi a contribuição das famílias com renda de até 10 salários-mínimos para esse resultado positivo.

Em julho de 2025, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF-SP), calculado pela FECOMÉRCIO-SP, registrou uma alta de 0,47% em relação ao mês anterior. Para as famílias com renda até dez salários-mínimos (SMs), o índice aumentou 1,13%, em contraste com a diminuição de 1,25% para as famílias com renda acima de 10 SMs. Dentre os sete itens avaliados, os destaques foram para a perspectiva profissional (+1,67%), a perspectiva de consumo (+1,19%) e o momento para compra de bens duráveis (+1,72%). E nesses três casos os resultados são muito maiores para as famílias com renda de até dez SMs.

Já pelo lado da oferta, depois de seis quedas consecutivas, observou-se pela segunda vez um aumento do interesse na expansão do comércio entre os empresários da Região Metropolitana de São Paulo.

O Índice de Expansão do Comércio (IEC-SP), também calculado pela FECOMÉRCIO-SP, registrou um aumento de 5,48% em relação ao mês anterior. Dentre os seus dois componentes, a expectativa para contratação de funcionários aumentou 3,59%, enquanto o nível de investimento das empresas aumentou 7,89%.

Em razão da data de publicação deste boletim, algumas notícias já podem impactar os indicadores econômicos de agosto, que serão divulgados no próximo mês.

No dia 1º de agosto, mais uma vez, o Governo dos EUA adiou a aplicação das tarifas recíprocas para o dia 6 de agosto. Além disso, foi anunciada para o Brasil uma lista de exceções às novas taxas, como suco de laranja, aviões, petróleo, dentre outros itens, que representam cerca de 45% da pauta das exportações brasileiras para os EUA. E, uma semana depois de entrarem em vigor as novas tarifas, o Governo Federal anunciou medidas para proteger as exportações brasileiras contra o “tarifaço” dos EUA. O “Plano Brasil Soberano” prevê acesso a crédito subsidiado, redução de tributos, compras públicas, entre outras ações.

Em razão do baixo nível das chuvas, a bandeira vermelha patamar 2 entrou em vigor neste mês, o que levará novamente a um aumento na conta de energia. Além disso, a Petrobras reduziu, em média, 14% os preços do gás natural para as distribuidoras. No entanto, o preço final para o consumidor será diferente, pois depende também do custo do transporte, do portfólio de suprimento, dos tributos federais e estaduais e das margens de cada distribuidora. 

No fim do mês, o Governo brasileiro comunicou oficialmente aos Estados Unidos a abertura do processo para aplicação da Lei da Reciprocidade Econômica. A medida responde à decisão do Governo americano de impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros. Com a abertura do processo, iniciam-se as investigações para avaliar as contramedidas cabíveis.

Para mais detalhes de alguns indicadores apresentados, inclusive com outras medidas de variação, acesse o site do CECON: clique aqui.

Expediente CECON
Coordenação
Allexandro Emmanuel Mori Coelho, Professor Doutor
Equipe Econômica
Jobson Monteiro de Souza, Professor Doutor
Rafael Barišauskas, Professor Mestre

Termo de isenção de responsabilidade

Este relatório foi preparado pela equipe integrante do Centro de Estudos em Conjuntura Econômica (CECON) da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), utilizando os melhores esforços dos responsáveis. As informações foram obtidas através de fontes públicas críveis, e estão sujeitas a revisões sem aviso prévio. O CECON e a FECAP não se responsabilizam por quaisquer decisões econômicas ou de investimento tomadas com base nas informações deste relatório. O conteúdo deste relatório é livre, não podendo ser comercializado ou monetizado por terceiros de nenhuma forma. Este produto possui caráter exclusivamente informativo e não deverá ser usado para constituir qualquer decisão de compra ou venda de ativos ou produtos ou de investimento.

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