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Setor de transportes puxou inflação em SP no 1º trimestre

O Boletim Econômico do Estado de São Paulo, produzido pelo Núcleo de Estudos da Conjuntura...
Imprensa | 04/06/2021
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O Boletim Econômico do Estado de São Paulo, produzido pelo Núcleo de Estudos da Conjuntura Econômica (NECON) da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), analisou dados da inflação no estado. O acumulado no 1° trimestre de 2021 se encontra em 1,83%. O setor de transportes foi um dos vilões, com alta de 3,21% em março. 

O NECON FECAP é um grupo formado por professores e alunos da Faculdade de Economia da Fundação Escola de Comércio Alvares Penteado – FECAP, além de interessados, e pretende analisar indicadores de conjuntura e cenários da economia atual. O objetivo missão é criar um ambiente permanente e rico de reflexão e análise acerca da conjuntura econômica nacional, além de produzir relatórios que auxiliem investidores, empresários, gestores públicos e pesquisadores na tomada de decisão. 

O trabalho foi realizado pelo economista e pesquisador do Instituto de Finanças FECAP, Allan Silva de Carvalho

Confira o Boletim completo clicando aqui.

INFLAÇÃO 

Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, revelam que a inflação, do primeiro mês deste ano, apresentou uma desaceleração, quando comparado ao mês anterior. Contudo, a inflação acumulada no 1° trimestre de 2021 se encontra em 1,83% e o patamar é ainda mais elevado para o acumulado de 12 meses, 5,61% – ambos valores voltados ao estado de São Paulo – este cenário preocupa diversos agentes econômicos, que enxergam a possibilidade da inflação se posicionar acima da meta, em 2021.

Entre os nove grupos de produtos e serviços, pesquisados pelo IBGE, destaca-se: Transportes (+5,60%), Vestuário (+2,76%), Educação (+1,81%), Alimentação e bebidas (+1,32%) e Artigos de residência (+1,31%), com as maiores altas no acumulado do 1° trimestre de 2021 – Comunicação (-0,01%) apresentou estabilidade.  

Alimentação e bebidas e Transportes, os quais são os grupos com maiores pesos mensais, apresentam movimentos distintos. O primeiro, apresenta uma desaceleração desde dezembro de 2020 – vale lembrar que,  

durante o ano passado, os preços de alimentação para consumo no domicílio foram bastante afetados, tanto pelas pessoas estarem mais em casa (por conta do isolamento social), consumindo mais refeições em casa, quanto pela restrição de oferta, por conta do câmbio mais desvalorizado, que favoreceu a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, ao mesmo tempo que restringiu a oferta no mercado doméstico. Ademais, o auxílio emergencial também pode ter influenciado no aumento da demanda. Em nível nacional, os preços de Alimentação e bebidas subiram 14,09%, em 2020. 

Já os Transportes, em São Paulo, foram influenciados, principalmente, pela alta dos combustíveis de 18,85% no acumulado do 1° trimestre. Adicionalmente, o governo paulista aumentou a alíquota de ICMS para automóveis 0km (em 15 de janeiro, a alíquota passou de 12% para 13,3%, e pouco tempo depois, um novo decreto mudou a alíquota para 14,5% a partir de abril) – a variação acumulada no 1° trimestre foi de 2,26%.  

Vale ressaltar que, durante a pandemia, a procura por carros usados aumentou, devido aos aumentos aplicados pelas montadoras (que justificam pela dificuldade de atender a demanda, falta de peças e aumento dos custos com a desvalorização do real) e pelo atraso de entrega dos veículos novos (existem produtos com filas de até 180 dias), o resultado foi o aumento de 2,9% dos preços, no acumulado entre jan-mar/21.  

As expectativas de mercado para a inflação brasileira, em 2021, chegam a 5,01%, se aproximando do teto da meta, de 5,25%. Para contornar, o Banco Central do Brasil vem aplicando uma alta na taxa básica de juros, a Selic. Haja vista a proximidade dos resultados do estado de São Paulo com os nacionais, podemos aguardar maiores impactos no bolso. 

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