Liberdade
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O Colégio e o Centro Universitário, mantidos pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - FECAP, são certificados como Entidades Beneficentes de Assistência Social na área da educação.
O LinkedIn, rede social profissional com mais de 850 milhões de usuários no mundo – 75 milhões deles no Brasil, o que representa 60% da força de trabalho brasileira – é uma ferramenta corporativa importante para quem quer ver e ser visto profissionalmente. Mas a obsessão por atualizações e a comparação constante com a vida profissional de outros no LinkedIn podem impactar significativamente a saúde mental dos usuários.
O recém-publicado artigo “Comparação Social, Inveja, Estresse E Perseguição Corporativa: Uma Análise Dos Aspectos Ocultos Do Linkedin”, que analisou o comportamento de 622 usuários brasileiros da plataforma, mostra que 72% dos entrevistados sofrem da síndrome do “medo de ficar de fora (FoMO, do inglês Fear of Missing Out)”. A pesquisa foi conduzida pelo pesquisador e professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Ahmed Sameer El Khatib.
Segundo o docente da FECAP, o “medo de ficar de fora (FoMO)” faz com que as pessoas acessem a rede de forma compulsiva para acompanhar atualizações e oportunidades, o que as expõe a uma avalanche de informações e comparações sociais. Essa dinâmica cria um ciclo emocional prejudicial: “O LinkedIn, projetado para conectar profissionais, muitas vezes se transforma em uma fonte de pressão psicológica, exacerbada por idealizações constantes das carreiras alheias.”
Além do “medo de ficar de fora”, outros comparação social e até a chamada “perseguição corporativa” – um monitoramento constante de perfis alheios sem interações diretas – estão diretamente associados ao aumento dos níveis de estresse.
“A comparação social, em especial, amplifica sentimentos de inadequação e insatisfação, pois os usuários se veem expostos a representações idealizadas da vida profissional dos outros”, explica o professor Ahmed. “O LinkedIn, apesar de ser uma rede social voltada para o desenvolvimento de carreira, pode desencadear uma pressão psicológica significativa, quando usado de forma intensa ou descompensada.”
O estudo também aponta que a inveja moderada pelo uso do LinkedIn pode intensificar os impactos negativos, criando um efeito cascata de emoções negativas. As descobertas da pesquisa reforçam ainda a importância de promover o uso consciente das redes sociais, incentivando períodos de desconexão e estratégias para evitar a comparação social excessiva. “É fundamental reconhecer que essas plataformas são ferramentas, mas que seu impacto depende diretamente da maneira como as utilizamos”, conclui Ahmed.
PRINCIPAIS DESCOBERTAS DA PESQUISA
O estudo conduzido pelo professor Ahmed Sameer El Khatib revelou os seguintes achados principais sobre os impactos psicológicos do uso do LinkedIn: