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Doações ao RS: especialista afirma que brasileiro doa bastante, e não só durante tragédias

O Brasil está vendo uma grande onda de solidariedade para com as vítimas da tragédia ambiental...
Imprensa | 12/06/2024
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O Brasil está vendo uma grande onda de solidariedade para com as vítimas da tragédia ambiental que atinge o Rio Grande do Sul desde o mês passado. Doações em dinheiro e de objetos e alimentos têm sido enviados aos desabrigados, e muita gente foi pessoalmente às cidades atingidas para ajudar.

Uma movimentação que não tem precedentes na história recente. Segundo Joao Paulo Vergueiro, professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), não há dados sobre outros tipos de doações, mas é perceptível que o total de doações de produtos e de voluntários é muito maior do que o que foi doado durante a pandemia da COVID – quando estávamos em quarentena e o principal desafio era ajudar as pessoas a manter sua renda, junto com sua saúde.

A campanha do Governo do Estado do RS, SOS Enchentes, arrecadou 119 milhões de reais em PIX até agora. A campanha do Vakinha, arrecadou 76 milhões de reais. Durante a pandemia, em dois anos, a campanha do Governo do Estado de São Paulo não arrecadou o mesmo valor em dinheiro. Ou seja, uma movimentação financeira muito maior.

Na opinião do docente da FECAP, a dimensão da tragédia é um dos motivos para a grande quantidade de doações. Os desastres geram uma reação imediata das pessoas de quererem ajudar, fazer a diferença.

“As enchentes não atingiram apenas um bairro ou uma cidade, mas boa parte do Estado do Rio Grande do Sul, gerando uma proximidade muito grande das pessoas. Além disso, desde a COVID, a gente passou a prestar mais atenção nas tragédias e as doações ficaram muito mais facilitadas. Não existia PIX naquela época, e hoje é muito mais fácil mandar ajuda, seja financeira ou não”, afirma.

Mas isso não significa que as pessoas não estejam doando em outros momentos. Na verdade, o povo brasileiro doa bastante, o tempo todo, com bilhões de reais e milhões de horas voluntárias. Só não chama tanta atenção porque é feito no dia a dia, não em tragédias quando há grande atenção da mídia.

“É importante manter a mensagem sobre a doação para depois das crises. Falar de doações na imprensa e nas famílias, pesquisar sobre as doações e como as pessoas são generosas, aprovar leis que incentivem as doações de forma mais universal, fazer campanhas anuais como o Dia de Doar, etc. Tem que ser todo um movimento, não apenas uma ação ou outra”, finaliza.

O especialista: João Paulo Vergueiro é professor e coordenador do Fundo de Bolsas da FECAP e do Alumni Alvaristas, e diretor do GivingTuesday para a América Latina e Caribe. Foi diretor executivo da ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos e é doutorando em administração pela FGV-SP, estudando filantropia. Conselheiro da Fundação Amor Horizontal, da Kibô-no-Iê e da Fundação NHR Brasil.

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