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Sociedade em empresas: especialista elenca dicas para que a parceria dê certo

Texto: Vagner Lima Amigos, amigos… negócios à parte? Muitos empreendedores iniciam...
Imprensa | 17/08/2021
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Texto: Vagner Lima

Amigos, amigos… negócios à parte? Muitos empreendedores iniciam sociedades em empresas, e por falta de planejamento ou diálogo com o sócio, acabam tendo expectativas frustradas. 

O professor de Empreendedorismo e Marketing da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Artur Motta, elenca a seguir algumas dicas para evitar conflitos com o parceiro de negócios. 

OPORTUNIDADE OU NECESSIDADE? 

Quando um empreendedor tem a ideia de montar um negócio em sociedade, geralmente existem duas situações:

Empreendedorismo por oportunidade: o empreendedor tem uma ideia de negócio e conhece alguém com quem se relaciona (geralmente amigo, quase nunca parente), que atua no mesmo ramo ou segmento. Os dois se juntam e montam um negócio por compartilharem da mesma ideia. 

Empreendedorismo por necessidade: o empreendedor, que está com alta demanda de trabalho ou de entregas, busca alguém que o auxilie, geralmente uma pessoa próxima, como um amigo, cônjuge ou parente. 

Motta diz que, nas duas situações, a escolha do sócio por afinidade ou visões similares são possibilidades.  

“O grande debate é até onde vai essa afinidade. Se você tem um sócio com afinidade de visão e objetivo, é perfeito. Mas se os dois sócios têm as mesmas habilidades e especialidades, a situação já fica mais complexa”. 

O especialista exemplifica: se os dois sócios gostam da parte financeira, quem vai se responsabilizar pelo marketing, comercial, e outros setores da organização? 

“Para a parceria dar certo, é preciso convergir visões, objetivos e valores, e se completar em relação a competências, habilidades e conhecimentos”. 

PRINCIPAIS ERROS 

Um dos principais erros em uma sociedade acontece quando os sócios se juntam quando está tudo bem, e esquecem de discutir o futuro. 

“O negócio cresce, e surgem divergências: um sócio quer sair do negócio, outro pode desistir da empresa para tocar a vida em particular. E esse cenário geralmente não é discutido no início da parceria. Na hora da venda da empresa, por exemplo, quem vai ficar com o capital intelectual, com a carteira de clientes? É preciso discutir com base no futuro”. 

Outro ponto que pode gerar discordância é qual será a dedicação de cada um: total, parcial? 

Os parceiros também devem alinhar as questões jurídicas: aporte financeiro e ações trabalhistas e jurídicas têm influência para os dois sócios. 

DIÁLOGO É A BASE DE TUDO 

“Além de colocar as coisas no papel, grande parte do sucesso de uma sociedade é baseado no alinhamento de questões. Construa o relacionamento, não abra o negócio com quem acabou de conhecer. Há casos de que os sócios conhecem a família e investigam o histórico profissional do parceiro”. 

E, por fim, é preciso saber a hora de encerrar a sociedade. 

“A hora de parar é quando ambos começam a se desgastar, e as expectativas não estão sendo atendidas, como em um relacionamento amoroso”. 

O especialista 

Artur Motta é administrador de empresas formado pela PUC-Rio. Pós-graduado em Marketing, Mestre em Administração de Empresas e doutorando pela FGV/EAESP. Mais de 20 anos de atuação nas áreas de Marketing, Trade Marketing e Comercial em diversas organizações como Unilever, Carrefour, Distribuidora de medicamentos SantaCruz e GS&MD-Gouvea de Souza. Empreendedor no setor de TI e Food Service. Professor de Empreendedorismo, Marketing e Inovação na FECAP – Fundação Escola de Comércio Alvares Penteado e na ESPM – Escola Superior de Propaganda em Marketing. 

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